“Minha mamãe chama Zorka.” - Milena respondeu a pergunta de Klara. Graciosa, revelou. - “Mas eu não sei onde ela está. Ela desapareceu.”
Surpresa, Klara arregalou os olhos.
“Você está perdida?”
“Sim.” - respondeu, a menina de olhos azuis. - “Por que?” - quis saber.
“Porque eu também estou perdida.” - respondeu, Klara.
“Sua mamãe também desapareceu?”
“Sim.” - respondeu, Klara. Rapidamente, a pequena prometeu. - “Não se preocupa, eu te ajudo a encontrar a sua mamãe.”
“Vai me ajudar a encontrar minha mamãe?”
“Aham.” - assegurou, Klara, dizendo. - “A gente vai encontrá-la.” - ela segurou a mão de Milena e, juntas, puseram-se a caminhar pelo vale. - “Quer ser minha amiga?” - perguntou.
“Quero.” - disse, Milena.
Instantes depois, sem que tivessem ido muito longe, Klara e Milena avistaram uma majestosa raposa de fogo se aproximar de um rio, que atravessava todo o vale, para beber água. Milena, apavorada, parou no mesmo instante e perguntou:
“O que é aquilo?”
“É uma raposa de fogo.” - respondeu, Klara, normalmente.
Assim que viu a raposa em chamas, ao contrário da nova amiga, Klara não teve medo. Lembrou-se vagamente de Gabrovo, da própria raposa Velislava, da amiga Julia irritando-se com a euforia de Boris, do banquete servido pelos anjos ciganos e de todas as aventuras que viveu desde o momento em que despertara, sozinha, na clareira.
“Raposa de Fogo?” - Milena se perguntou em voz alta.
“Sim.” - Klara confirmou.
Ainda apavorada, Milena não desviou seu olhar receoso da imponente raposa. Disse, ela, para Klara:
“Acho melhor a gente ir embora.”
“Não precisa ter medo, ela não é malvada.” - Klara a tranquilizou. - “Ela não vai te fazer mal.”
“Promete?”
“Prometo.” - disse, Klara.
Referindo-se às chamas expelidas da pelagem da raposa, Milena emendou a pergunta:
“Ela não se machuca?”
“Não se machuca? Com o quê?”
“Com o fogo.”
“Não.” - disse, Klara. Ela sorriu para a amiga e explicou. - “O fogo só machuca quem faz mal para ela. Ela só quer ser amiga da gente.”
Klara voltou a segurar a mão de Milena. Juntas, se aproximaram da fera, que, por sua vez, ao vê-las, se deitou, docilmente, na margem do rio.
“Ela não parece ser malvada!” - exclamou, Milena, enfim, se convencendo de que a raposa não oferecia perigo algum.
“Eu te disse que ela não era malvada.” - lembrou, a menina de Gabrovo.
Iluminadas pelas chamas da raposa de fogo, Klara e Milena bocejaram, deitaram-se na margem do rio e adormeceram docemente.
Não haviam motivos para tristeza. Sentiam-se plenamente felizes.
Fim da História.

Ah, que maravilha, Rob. Tão gostoso <3
ResponderExcluirObrigado, Vitor, valeu mesmo!
ExcluirOlá Rob!
ResponderExcluirQue história! Adorei lê-la!
A amizade das duas é muito linda, assim como o final da história.
Abraços!
Beijos
haha, valeu também, Esther!
ExcluirOlá! Não tinha acompanhado o início da história, então voltei para ler a primeira parte também. Conto adorável, gostei bastante da leitura!
ResponderExcluirAbraço!
Obrigado, Gabriele, que bom que gostou do final!
ExcluirEu acho o máximo ler as histórias picadas assim. Me deixa de uma forma confortável a imaginar coisas em minha mente e montar teorias sobre as personagens. Parabéns!
ResponderExcluirQue bom, Jalysson!
ExcluirOi, Rob! Adoro a forma criativa e apaixonada com que você escreve. Seus contos sempre me surpreendem e me fazem viajar um pouco. Parabéns!
ResponderExcluirObrigado por prestigiar o blog, Laura, siga acompanhando o blog!
ExcluirLer é simplesmente maravilhoso, eu sempre paro por uns 5 segundos e fico imaginando as cenas rsrs
ResponderExcluirQue maneiro, Dayane, eu também, rs.
ExcluirAdoro seus textos, simplesmente fico encantado com a sua escrita. Parabéns!
ResponderExcluirValeu de verdade, Daniel; volte sempre!
ExcluirOi Rob, tudo bem?
ResponderExcluirJá fica meio cansativo vim aqui no teu blog e elogiar a sua escrita, pois suas histórias são sempre maravilhosas e conseguem despertar a curiosidade do leitor. Mais uma vez, você consegue prender a atenção e nos fazer nos apegar aos personagens e ao desfecho. Parabéns!
BEIJOS!
Obrigado, Alice, volte sempre!
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