Klara, ao ver o anjo do lado de Zita, não se conteve e foi logo revelando:
“Eles estão indo para um vale onde as meninas podem brincar o dia todo.”
“Para um vale sagrado.” - emendou, Julia.
“Para um vale?” - Milosh fingiu surpresa.
“Sim. Para um vale muito bonito.”
“Isso mesmo, os balões estão indo para o mais bonito de todos os vales.” - disse, Milosh, às meninas. - “Eles estão indo para o Vale das Rosas.”
“Vale das Rosas?” - Klara o encarou, com certa estranheza, ao mesmo tempo que imaginava todos aqueles balões pousando numa plantação de rosas. - “Onde fica esse vale?” - perguntou.
“O Vale das Rosas fica perto da cidade de Kazanlak e é cercado por montanhas.” - respondeu, Milosh, divertindo-se com a inesgotável curiosidade das duas meninas.
A resposta, obviamente, frustrou Julia e Klara que esperavam ouvir mais. - “Todo o lugar que eu conheço é cercado por montanhas.” - pensou, a pequena Klara. De fato, não parecia existir lugar algum na Bulgária em que não houvesse uma montanha por perto para embelezar a paisagem.
Conforme a manhã avançava, os anjos que ainda dormiam, ao saírem de suas tendas, também se impressionavam com o céu coberto por balões.
“O que está acontecendo?” - perguntou, docemente, um anjinho que acabara de sair de uma das tendas, à sua mãe.
“Um milagre.” - ela respondeu em tom amoroso.
“Um milagre?” - o anjinho perguntou de volta.
“Sim, meu filho.” - garantiu, a mãe, dizendo. - “Esse céu é um presente para todos nós, um maravilhoso milagre.”
Zita e Milosh, há uma certa altura da manhã, afastaram-se das meninas e retornaram para suas respectivas tendas. Ambos tinham muito o que fazer após o banquete daquela noite. As duas amigas, porém, continuaram contemplando o céu.
“Por que a minha mamãe nunca me falou sobre o vale?” - perguntou-se, Klara, silenciosa.
Boris, por sua vez, ignorou os balões e voltou-se para alguma coisa que parecia se mover, com rapidez, na mata fechada, clareando-a como se fosse uma fogueira viva, um vulto em chamas. Sem chamar a atenção de Julia, ele disparou a correr atrás da criatura, desaparecendo na vegetação. Um certo tempo depois é que a menina ruiva notou a falta do cão pastor.
“Onde ele está?” - perguntou para Klara.
“Quem?”
“O Boris.” - respondeu, Julia. Klara levantou o olhar à amiga, sem deixar qualquer dúvida de que não sabia para onde ele havia ido.
“Eu não sei.” - respondeu.
Rapidamente, Julia a puxou pelo braço e, então, foram procurá-lo.
“Boris, seu malvado!” - gritava, nervosa, caminhando apressadamente entre os anjos ciganos.
CONTINUE ACOMPANHANDO A HISTÓRIA NAS PRÓXIMAS POSTAGENS.

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