“Moro em Razgrad.” - respondeu, Julia. - “É um pouco longe daqui, mas você pode ir para lá e ficar na minha casa até a gente encontrar a sua vovó. Está bem?”
Klara não pensou duas vezes em aceitar o convite. Sorriram uma para a outra e Julia, então, se lembrou que trazia dois bombons guardados no bolso de seu vestido.
“Gosta de chocolate?”
“Sim.” - respondeu, Klara.
“Eu também.” - ela ofereceu um dos seus bombons. - “Um é meu e o outro eu dou para você, que é minha melhor amiga.”
“Eu sou sua melhor amiga?”
“Sim, você é.” - assegurou, a menina ruiva, sem externar qualquer dúvida.
Ambas deram uma dentada generosa em seus respectivos bombons e saborearam cada segundo de contentamento que os doces lhes proporcionavam. Não tinham porquê ter pressa. Após levar o último pedacinho de bombom à boca, Julia sugeriu uma brincadeira, dizendo:
“A primeira que chegar na sombra daquela árvore, é a vencedora.” - indicou a sombra de uma árvore, alguns metros à frente, e ressaltou. - “Eu vou contar até três e a gente corre, está bem?”
Klara acenou que sim e Julia, então, contou:
“Um. Dois. Três!”
Klara disparou na frente e correu em direção a sombra da árvore, no entanto, Julia era mais ágil e a ultrapassou rapidamente.
“Preciso correr mais rápido, senão vou perder.” - motivou-se, Klara, ao ver a amiga se distanciando.
Quase na metade da corrida, Boris, que as observava com ar de quem estava prestes a aprontar, não se conteve e também pôs-se a correr. Tão logo, deixou as duas meninas para trás e já corria na frente.
“Chega, eu desisto.” - bufou, Julia, irritada, parando de correr. - “Assim não é justo!” - reclamou à amiga, que vinha logo atrás.
Não se trombaram por muito pouco.
“O que aconteceu?” - perguntou, Klara, preocupada.
“Não adianta mais a gente correr.” - Julia respondeu. - “O Boris já venceu a corrida.”
Ouvindo isso, a menina de Gabrovo viu o exato momento que o cão pastor chegou na sombra da árvore. Com a língua para fora, ao olhar para sua dona com ar de quem não havia feito nada de errado, Boris latiu, eufórico. Incontestavelmente, era o vencedor.
“Viu, eu disse que ele era malvado.” - resmungou, Julia, à amiga. E acrescentou. - “Deixa pra lá, vamos ignorá-lo. Quem sabe assim ele deixa de ser intrometido.”
Julia e Klara deram as costas para o cão pastor búlgaro, que, mesmo assim, sem se importar, não sossegou e voltou correndo para perto delas.
“Ele está voltando.” - disse, Klara.
“É só a gente fazer de conta que ele não existe.” - Julia respondeu, concluindo. - “O Boris é um cão muito malvado.”
“Ele não parece ser tão malvado assim.” - minimizou, Klara.
“Pode até não parecer, mas ele é.”
CONTINUE ACOMPANHANDO A HISTÓRIA NAS PRÓXIMAS POSTAGENS.

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é importante nesse blog, no entanto, não poderei respondê-las pela falta de tempo. Prestigia quem sustenta esse blog: nossos anunciantes! Quer conversar comigo? Me procura nas minhas redes sociais e, claro, volte sempre!