Yordanka, ao ouvi-lo
apresentar-se, também apresentou a neta e voltou a perguntar:
“O nome dela
é Klara, ela é minha neta. Pode nos ajudar?”
“Não se
preocupe, a cerca não vai impedir a menina de comer quantos tomates
quiser.” - Kristo se prontificou a resolver o impasse. - “Não
fiz só a cerca.” - revelou. - “Tem uma entrada bem perto daqui.”
Avó e neta o
seguiram e, após contornarem quase metade da cerca, atravessaram-na
finalmente.
“A gente
chegou, vovó?” - perguntou, a menina de Gabrovo.
“Sim,
querida, esse é tomateiro que havia falado.” - respondeu,
Yordanka, que quis saber. - “Está feliz?”
“Sim, vovó.”
“Mesmo?”
“Aham.”
“Que bom
ouvir isso, querida!”
Klara, logo em
seguida, se enfiou no meio da plantação. - “Eles devem ser muito
gostosos.” - pensou, fascinada com a beleza daqueles tomates.
Sentia-se plena por estar ali. Era um sentimento que não tinha
explicação e não tinha lógica alguma, mas que, de certa forma, a
confortava.
“Posso pegar
um tomate?” - perguntou à avó, que a seguiu pela plantação.
“Sim, minha
querida.” - respondeu, Yordanka, autorizando-a. - “Pegue quantos
quiser.”
Com as duas
mãos, Klara arrancou o tomate de uma das plantas que estava mais
próxima e cravou os dentes nele. Já, na primeira mordida, sentiu a
boca encher-se de um suco vermelho, adocicado e refrescante. Aqueles
tomates não eram só vermelhos e brilhantes, eram, também,
extremamente deliciosos. Nunca provara tanto sabor.
Enquanto a menina
saboreava o tomate, Kristo se aproximou de Yordanka e lamentou:
“É,
realmente, uma pena. Tão pequena, tão sozinha!”
“Está
enganado.” - discordou, Yordanka, que, em voz baixa e veemente,
assegurou, dizendo. - “Ela tem a mim. De agora em diante, ficará
comigo. Vou cuidar dela e protegê-la. Klara não está sozinha.”
“Onde a
encontrou?”
“No parque
Lipnik.” - Yordanka respondeu. - “Assim que soube de tudo, não
pensei duas vezes em ir ao seu encontro. Dormia como um anjo, como um
puro e inocente anjo.”
A voz de Yordanka
soou pesadamente até os ouvidos de Kristo, que, por sua vez, ainda
preocupado com a menina, continuou:
“O que
fizeram com ela?” - se referia ao ataque sofrido por Liza, na
margem do rio Yantra, enquanto implorava pela saúde da filha.
Kristo estava
preocupado com o futuro de Klara.
Em uma tristeza que
só se fazia aumentar, referindo-se aos viajantes que atacaram a
filha, Yordanka se limitou a responder:
“Foram
repugnantes, covardes e cruéis.”
“O que
fizeram com ela?” - Kristo insistiu.
“Não quero
mais falar sobre isso.”
A velha não
disse mais nada. Amável, voltou as atenções para a neta, que, após
saborear o primeiro tomate, foi logo perguntando:
“Posso pegar
mais um, vovó?”
“Sim,
querida.” - respondeu, Yordanka.
Notando que a
pequena hesitava em pegar outro tomate, Yordanka escolheu,
pessoalmente, o mais graúdo e vermelho que encontrou e ofereceu à
neta.
“Tome,
querida, prove-o e me diga se gostou.”
Klara pegou o
tomate com as duas mãos e cravou os dentes nele.
“Gostou?”
- perguntou, Yordanka.
“Sim, vovó.”
Feliz,
novamente sentiu a boca encher-se de um suco extremamente saboroso.
CONTINUE ACOMPANHANDO A HISTÓRIA NAS PRÓXIMAS POSTAGENS.

Oh, encontrei! :)
ResponderExcluirMas continuo bem curiosa...
Virei sua fãn!!!
ResponderExcluirAmei esse capítulo e estou super curiosa pra saber o que aconteceu com Liza e como será o futuro de Klara, que doença é essa gente?! hahaha
Devorando seus textos!