No momento em que o casal de balonistas se aproximava das meninas, Boris se levantou, sustentando-se nas patas traseiras, e lambeu o rosto de Doriana.
“Também senti a sua falta, Boris!” - exclamou, a bela balonista, penteando os pelos do animal com os dedos. Ao ver a menina de Gabrovo, cumprimentou-a. - “Como vai, pequena?”
“Estou bem.”
“A gente estava brincando com as minhas bonecas.” - Julia foi logo dizendo.
“E a gente deu nome para elas.” - emendou, Klara.
“Deram nomes para elas?” - Doriana fingiu surpresa.
“Sim.” - Klara confirmou.
“Quais?”
“Klara, Julia e Velislava.”
Doriana sorriu ao ouvir os nomes.
“Quando eu era pequena, também ficava horas brincando com as minhas bonecas.” - confidenciou, carinhosa. E revelou. - “Ficava tão feliz e despreocupada que sequer percebia o tempo passar.”
Surpresas com a confidência, Julia e Klara se entreolharam.
“Eu adorava brincar com elas. - continuou, Doriana.” - Elas eram muito bonitas!
“Quais nomes você deu para as suas bonecas?” - perguntou, Julia.
“Uma chamava Branka, a outra, Dana.” - a bela balonista citou os nomes que se lembrava. - “Tinha também a Valeska, a Ana e a Vera.”
Doriana ficou conversando com as meninas por mais algum tempo, até que Lazar se aproximou e ela, então, decidiu que seguiriam viagem o mais rápido possível.
“Não há mais o que esperar.” - disse, a balonista, ao amado, referindo-se à impossibilidade de que Klara pudesse reencontrar sua família. - “Partiremos agora mesmo.” - concluiu.
Enquanto ela reacendia a chama do maçarico, reaquecendo o ar dentro do balão, Lazar se abaixou na altura de Klara e revelou à menina:
“Tenho uma ótima notícia para lhe dar.”
“Qual?” - Klara perguntou.
“Vamos levá-la para a casa.” - revelou, o balonista búlgaro.
Julia, que vigiava Boris para que ele não voltasse a latir para o balão de Doriana, encontrava-se suficientemente perto da amiga para ouvir, com clareza, o que ela também havia escutado. - “Klara não vai querer ir embora.” - pensou, torcendo para que a amiga ficasse, para sempre, em sua casa. Sentiu um nó se formar na garganta, além de uma irresistível vontade de expulsar o casal de balonistas de sua casa. A menina ruiva estreitou os olhos para Lazar, mas se conteve e não fez nada. Limitou-se, apenas, a prestar atenção na conversa.
CONTINUE ACOMPANHANDO A HISTÓRIA NAS PRÓXIMAS POSTAGENS.

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