Desde que saíra do tomateiro, onde se empanturrou de tanto comer tomates, Klara não sentia mais fome, porém, boas horas se passaram e sua barriga começava a roncar.
Julia percebeu isso e se antecipou em dizer:
“Eu estou com fome, e você?”
“Eu também estou com fome.” - a pequena respondeu.
“Ótimo, a gente pode ir para a minha casa. - comemorou, Julia, sorridente. - “A minha mamãe vai adorar te conhecer!”
“Qual é o nome da sua mamãe?”
“Velislava.” - Julia respondeu, perguntando também. - “E a sua mamãe, como chama?”
“Liza.” - disse, Klara.
Ao pronunciar o nome de sua mãe, a pequena encarou a amiga com tristeza.
“Não fica triste, Klara.” - Julia a confortou, prometendo logo em seguida. - “A gente vai encontrar a sua mamãe.”
“Promete?” - perguntou, Klara.
Sua avó, Yordanka, havia prometido o mesmo, no entanto, misteriosamente, desapareceu e não cumpriu a promessa.
“Prometo.” - respondeu, Julia, à amiga, assegurando. - “A gente vai encontrá-la.”
O momento de partir, enfim, se fez presente. Enquanto Doriana reacendia a chama do maçarico, administrando o ar quente dentro do seu balão, Lazar se abaixou na altura das meninas e se despediu delas.
“Adeus, Julia, adeus, Klara.”
“Adeus.” - responderam, as duas amigas, quase ao mesmo tempo.
Emocionado, o balonista que despencara do céu pulou para dentro do cesto e se colocou ao lado da amada instantes antes do balão se levantar alguns centímetros do chão.
“Adeus, meninas!” - acenou, Doriana, calorosamente.
“Adeus!” - elas responderam.
“Adeus, Boris!” - Lazar gritou para o cão pastor, emendando. - “E comporte-se, seu grandessíssimo travesso!”
Em resposta, Boris explodiu em euforia e começou a correr atrás do balão, que, por sua vez, ganhava altitude com certa rapidez. Inexplicavelmente à medida que subia, se destacou do céu azul e desapareceu sobre o paredão de rochas, ao mergulhar numa extensa nuvem branca.
“Não sei se fizemos a coisa certa ao deixá-la para trás.” - disse, Lazar, para Doriana, referindo-se à menina de Gabrovo. - “Yordanka abandonou a menina.” - externando arrependimento, o balonista concluiu. - “Klara não tem ninguém que a proteja, precisamos voltar.”
“Tenha fé.” - pediu, Doriana, sem qualquer preocupação. - “Você, muito mais do que eu, sabe que Klara não está sozinha, nem, tampouco, desprotegida.”
Seguiram viagem absolutamente certos de que não havia porquê pensar o contrário.
CONTINUE ACOMPANHANDO A HISTÓRIA NAS PRÓXIMAS POSTAGENS.

Uau, me deixando curiosa como sempre. Particularmente, adorei como o capítulo foi curto e sucinto, mas o suficiente pra me atiçar e ficar para o próximo, assim como me aventurar nos passados. Achei a última frase muito marcante e Doriana muito sábia. Aguardo o próximo.
ResponderExcluirObrigado pela preferência, Giovanna.
ExcluirVolte sempre que sempre trarei novidades!