Yordanka, no
entanto, não se deixou contaminar pela repentina euforia da neta.
Disse:
"Acalme-se,
querida.” - pediu, encarando-a com serenidade. - “Se continuar me
puxando assim, vai arrancar o meu braço. Sua mamãe não está em
casa.” - revelou.
"Vamos,
vovó!” - insistiu, a menina, que pareceu não tê-la ouvido.
“Sinto
muito, Klara.” - lamentou, Yordanka, firmemente. E repetiu. - “A
mamãe não está em casa.”
“Ela não
está em casa?”
“Não,
querida.”
Ouvir tal
resposta foi como se toda a alegria que sentia, feito uma avalanche
de pedras, devastasse o peito da menina.
“Por que
não?” - perguntou.
Mesmo tão
pequena e ingênua, Klara não encontrava fim às suas perguntas. Era
incansavelmente curiosa.
“Aonde ela
foi?”
“Infelizmente,
eu não sei.” - respondeu, Yordanka, tranquilizando-a. - “Mas não
precisa ficar triste, prometo que vamos achá-la.”
“Está bem.”
- a pequena búlgara concordou.
“Promete
para a vovó que não vai ficar triste?”
“Prometo.”
- Klara respondeu.
Voltou a
segurar a mão da neta e continuaram, então, a caminhada. Mas Klara
não demorou a fazer outra pergunta:
“Onde a
gente está, vovó?”
“Estamos no
parque Lipnik.” - respondeu, Yordanka, que, ligeiramente intrigada
com a pergunta, quis saber. - “Não gostou do parque, querida?”
“Gostei,
vovó.” - Klara respondeu, acrescentando. - “É muito bonito.”
“Bonito?”
- Yordanka fingiu surpresa.
“Sim, vovó,
o parque é muito bonito.” - assegurou, a menina.
“Fico feliz
em ouvir isso.” - Yordanka sorriu, absolutamente contente ao ver a
alegria fazer brilhar os olhos da neta. Revelou ainda. - “A vovó
mora no parque.”
“No parque?”
“Sim,
querida.” - confirmou, Yordanka, parecendo achar graça na
curiosidade da menina.
Sem esconder a
surpresa, a menina de Gabrovo imaginou como seria possível viver
naquele parque, um lugar onde só os animais selvagens pareciam se
sentir em casa. Imaginou-se dando boa noite às árvores antes de
dormir e acordando coberta pelas folhas que não paravam de cair das
árvores. Sentada em uma pedra, como se fosse a cadeira, diante de
outra maior, como se fosse a mesa, imaginou-se almoçando e jantando
flores, frutas e galhos secos que colhia do chão. Mas, entre as
inúmeras coisas que lhe veio à mente, o que mais a intrigou foi
pensar ter como únicos amigos os muitos animais esquisitos que
imaginou existir naquela mata.
“Por que a
mamãe nunca disse que a vovó morava em um parque?” -
perguntou-se, Klara, pensativa, ao mesmo tempo que olhava ao redor.
CONTINUE ACOMPANHANDO A HISTÓRIA NAS PRÓXIMAS POSTAGENS.

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